19 julho 2012

PSDB SEGURA PERILLO PARA BLINDAR CERRA - Paulo Henrique Amorim

Se o PSDB abre a porteira, não sobra ninguém.


Após novas denúncias de envolvimento entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo, o PSDB reafirmou nesta terça-feira (17) ter “total confiança” no tucano. Em entrevista na liderança do partido na Câmara, o presidente da sigla, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que o PSDB “não tem dúvidas” acerca do governador e criticou o trabalho do PT no controle da CPI, que para ele, deixou de investigar Cachoeira e a Delta para atacar Perillo.

Neste fim de semana, reportagem da revista “Época” mostrou relatório da Policia Federal segundo o qual Perillo tinha um “acerto” para receber propina da Delta, através de Cachoeira, em troca da liberação de pagamentos por serviços da empreiteira prestados ao estado. A propina, de R$ 500 mil, teria sido embutida no pagamento a Perillo por meio da venda de sua casa, a mesma em que o bicheiro foi preso.

Em nota divulgada nesta terça, Perillo respondeu que a denúncia é “infame e desleal” e que os pagamentos, por serviços de locação de veículos da Delta, “são feitos de forma continuada, por se tratar de serviços regulares e pelo fato, também, de a atual administração cumprir rigorosa e pontualmente seus compromissos com fornecedores e prestadores de serviços”.

Guerra atribuiu a denúncia a setores da PF que, segundo ele, estão “sendo usados politicamente, com interpretações direcionadas”. “Isso é uma fraude publicitária de quem não tem nenhum método para investigar, que tira coisas da Policia Federal para uma campanha contra o PSDB”, disse, em relação ao PT.
Ele também associou as denúncias à campanha eleitoral e ao julgamento do mensalão. “Não têm coragem de enfrentar um julgamento do mensalão limpo”, completou Guerra. “Essa CPI obedece ao governo, ao ex-presidente Lula e ao José Dirceu, é claro”.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que o partido não é contra a investigação, mas que uma nova convocação do governador “seria repetição de perguntas e respostas”, para não ouvir outras pessoas. “Temos que trazer a CPI para ouvir o Cachoeira, o Pagot, o Cavendish”, disse. Nesta segunda, Álvaro havia dito em plenário que o partido precisaria “tomar providências” quanto às novas denúncias envolvendo Perillo.


Extraído do sítio Conversa Afiada

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