19 setembro 2012

EUA TERÃO UMA NOVA ARMA? - Polina Tchernitsa e Alexandra Dibijeva

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Washington pode ter participado na criação de vírus informáticos para efeitos de espionagem e condução de ciberguerras, apontam dados contidos em uma pesquisa realizada por companhias informáticas da Rússia e dos EUA. Os novos vírus são análogos aos que foram utilizados durante um ataque informático aos computadores da rede de instalações nucleares iranianas.

Segundo indicam peritos, vários computadores daquele país já estão contaminados. Lembre-se que também foram atacados computadores no Líbano.

A referida pesquisa incide sobre um novo software perigoso, análogo aos Flame e Stuxnet. Este último foi usado na recolha de dados relativos ao programa nuclear iraniano em 2010. O Flame, utilizado para a ciberobservação, foi detetado em maio de 2012 por especialistas do laboratório russo Kaspersky. O vírus afetou mais de 150 computadores governamentais no Irã e na Síria e pode ser usado para o desvio de dados, disse à Voz da Rússia Vitali Kamliuk, perito-chefe do Laboratório Kaspersky.

O suplemento Flame é um programa considerado raro, sendo diferente dos vírus informáticos comuns. O seu objetivo não são os cartões de crédito e as contas on-line, aos quais os piratas informáticos ordinários procuram obter acesso. Em vez disso, o vírus estabelece um sistema profissional de monitoramento que persegue objetivos concretos. Nisso consiste a sua diferença dos vírus tradicionais que, como regra, pretendem contaminar o maior número possível de computadores. A outra característica excepcional e, aliás, a mais perigosa do Flame é que ele utiliza métodos de ataque muito complicados que não tinham sido investigados.

Mediante o Flame podiam ter sido desviados desenhos industriais dos computadores do Irã e da Síria. O vírus foi bloqueado. Mas agora existe outro perigo iminente, estando ativas, no mínimo, três modificações. Já se conhecem casos de contaminação, constatam peritos do laboratório Kaspersky. E escala de epidemia é capaz de não ter precedentes e a elaboração de tal nível não pode ser efetuada por companhias privadas, ressalta Vitali Kremliuk.

Fontes governamentais dos EUA têm apontado, reiteradas vezes, que Washington podia ter participado na criação do worm Stuxnet. A comunicação social norte-americana informa que os serviços secretos israelenses podem também ter estado implicados na criação do vírus. Mais tarde, se tornou evidente que ambos os vírus – o Flame e o Stuxnet - possuem códigos semelhantes. Representantes do laboratório Kaspersky se abstêm de fazer acusações a alguém, realçando que o lançamento do Flame e do Stuxnet assinala o início de uma nova etapa de desenvolvimento de armas cibernéticas.

Na ótica de peritos, a sua característica mais perigosa é a rapidez de ação. Por exemplo, um ataque informático contra um alvo nuclear no Irã ou uma instalação qualquer em outros países da região ocorre num instante. Pode-se igualmente dispensar os recursos humanos.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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