02 setembro 2012

LIVRO RELATA EXECUÇÃO DE BIN LADEN - Lair Pena Neto


O que restava da versão oficial do governo dos Estados Unidos sobre a morte de Osama Bin Laden acaba de ser demolido pelo livro de um marine que participou da ação e da execução do líder da Al Qaeda, em seu refúgio, no Paquistão, na noite de 1 de maio de 2011.

Não houve nenhuma troca de tiros, Bin Laden não resistiu à captura e seu corpo não recebeu nenhum tratamento digno, de acordo com as regras do islamismo, antes de ser jogado ao mar. O marine Matt Bissonnette desconstrói cada uma das afirmações do governo norte-americano com riqueza de detalhes.

A Casa Branca, que acompanhou a ação em tempo real, começou afirmando que os militares foram recebidos à bala ao chegarem ao local em que Osama se encontrava e que um tiroteio teria durado 40 minutos. Como a versão não se sustentou, os porta-vozes foram obrigados a reconhecer que não houve trocas de tiros, mas que os militares dispararam contra o líder da Al Qaeda por conta de sua resistência à captura.

Segundo o marine Bissonnette, que escreveu o livro sob pseudônimo e teve a identidade revelada pela Fox News, empresa do magnata Rupert Murdoch, não houve nenhuma troca de tiros e os militares até acharam graça das informações erradas que chegaram a ser divulgadas. Pelo seu relato, o militar que seguia à frente do grupo que estava prestes a chegar ao aposento em que se encontrava Bin Laden percebeu um homem espiando pela porta e disparou. O marine conta que de sua posição não poderia dizer se os tiros haviam atingido ou não o alvo. Mas quando a equipe entrou no quarto, Bin Laden já estava mortalmente ferido por um tiro na cabeça, “os miolos espalhados pelo chão”.

Mesmo assim, descreve o agente, ele e outro integrante dos Seals, esquadrão de elite da Marinha, miraram o peito de Bin Laden e dispararam várias vezes, levando seu corpo a bater contra o chão até ficar imóvel. O relato do marine confirma o que se suspeitava desde o início, de que Bin Laden foi executado sem chance de defesa. O líder da Al Qaeda sequer dispunha de uma arma carregada. Um fuzil e uma pistola foram encontrados, mas sem nenhuma bala. Aparentemente, o primeiro tiro já foi mortal. O agente não deixa claro se as ordens eram mesmo para executar Bin Laden ou se havia alguma intenção de prendê-lo vivo para interrogá-lo e obter informações sobre a rede que comandava.

Ainda fica ruim para a Casa Branca o desmentido sobre o tratamento que teria sido dado ao corpo de Bin Laden, em respeito aos princípios do islamismo. Bissonnete descreve que no voo de helicóptero que tirou os agentes do local, um militar viajou sentado sobre o peito do líder da Al Qaeda.

Os americanos darão ao episódio o tratamento de um filme de ação. Steven Spielberg já estaria buscando garantir os direitos para levar às telas o livro do marine. Os próprios militares, segundo Bissonnette, já imaginavam quem interpretaria seus papéis enquanto aguardavam a ordem para a ação. O show não pode parar.

Extraído do sítio Direto da Redação

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